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5 perguntas e respostas sobre a triagem do pronto-socorro do Hospital Angelina Caron

Desde sua criação, o pronto-socorro do Hospital Angelina Caron (HAC) segue um protocolo de acolhimento com classificação de risco baseado no Protocolo de Manchester e em recomendações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A fim de melhorar os atendimentos, tornando-os mais rápidos e eficientes, o HAC também passou a seguir orientações das autoridades nacionais de saúde, que estabelecem que os pronto-atendimentos de hospitais sejam direcionados aos casos classificados como emergência e urgência.

Para ajudar os pacientes a entenderem como funciona o acolhimento com classificação de risco, conversamos com a médica Mariana Singer, chefe do pronto-socorro do Hospital Angelina Caron, que respondeu as perguntas a seguir:

1. Como é identificado um caso de emergência ou urgência?
Em geral, os casos de emergência e urgência apresentam sintomas que se iniciaram há pouco tempo. Pacientes com sintomas crônicos como dores no joelho há meses e insônia, por exemplo, não necessitam de atendimento imediato e, portanto, não devem procurar um pronto-socorro.

Muitos vão ao pronto-socorro para fazer exame de rotina ou pedir atestado médico. Há estudos mundiais que comprovam que entre 60% e 70% dos atendimentos realizados em prontos-socorros não são de urgência e emergência, o que prejudica significativamente a agilidade no atendimento dos pacientes graves ou potencialmente graves.

2. Como é feita a classificação dos pacientes?
Todos os pacientes que entram no Hospital Angelina Caron recebem uma senha e são direcionados à triagem, que segue à risca o protocolo adotado pelo hospital. Na triagem são levados em conta os sintomas do paciente, o tempo de início desses sintomas e os sinais vitais, isto é, pressão arterial, frequência cardíaca, entre outros.

3. Por que é importante classificar os pacientes?
A classificação organiza a prioridade de atendimento de acordo com a gravidade de cada paciente. Por exemplo: alguém que está tendo um infarto do coração deve ser triado e imediatamente encaminhado para atendimento, pois o tempo é um grande aliado no sucesso do tratamento desse tipo de problema.

É a partir das informações coletadas na triagem que os enfermeiros podem determinar quem são os pacientes que precisam de atendimento no hospital e quanto tempo podem aguardar por ele.

4. Se o caso não for de urgência ou emergência, onde o paciente deve buscar atendimento médico?
Nessas ocasiões, o paciente deve buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

5. Por que o paciente deve evitar idas desnecessárias aos prontos-socorros?
A procura desnecessária do pronto-socorro leva à superlotação dos serviços de emergência, o que acaba por congestionar o sistema de triagem, o atendimento médico, a organização de leitos, o setor de realização de exames e assim por diante. Quem sai prejudicado é o usuário, especialmente o paciente mais grave, que passa a ter um atendimento mais lento e menos eficaz por falta de leitos e recursos em geral.

Além disso, o ambiente hospitalar aumenta o risco de transmissão e contaminação por doenças, sendo perigoso para quem busca o pronto-socorro sem necessidade e também para os doentes internados.