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6 benefícios de se recuperar em casa

Em primeiro lugar é necessário esclarecer: a desospitalização segura não se trata de alta precoce ou de tratamento caseiro.

Conceito bastante difundido e aceito em países europeus, nos últimos anos, a desospitalização segura tem sido parte importante de debates de medicina mundo afora. A discussão sobre o tema foi iniciada a partir de uma percepção comum a muitos países quando o assunto é saúde: o número de pacientes presentes nos hospitais.

De acordo com a médica Mirella Massolo, coordenadora do Núcleo Interno de Regulação do Hospital Angelina Caron, liberar o paciente para finalizar sua recuperação em casa é benéfico não somente para ele, mas para todo o sistema hospitalar.

Como é feita a desospitalização segura

Os pacientes que podem ir para casa são aqueles em convalescença, ou seja, em período de transição após uma doença, no qual a saúde é recuperada gradativamente. “Mesmo que estejam se recuperando de uma enfermidade, esses pacientes não estão clinicamente instáveis, nem possuem possibilidades de se instabilizarem nas próximas horas ou dias”, explica a coordenadora.

Uma avaliação criteriosa determina se o paciente será capaz de terminar o tratamento em casa, considerando, além do seu estado de saúde, as condições da família de oferecer cuidado, o acesso às medicações que ele irá tomar e o tipo de acompanhamento que terá em casa.

Orientações

A família e o paciente são orientados em relação aos cuidados de higiene e alimentação e sobre os sintomas que podem representar um agravamento da doença. “O paciente sai sabendo quais são os sinais de alerta, o que fazer se eles se manifestarem e o que deve esperar durante a recuperação de sua doença”, afirma Mirella.

A médica ainda relata que todos os pacientes do Hospital Angelina Caron que passam pela desospitalização segura saem do internamento com – além da receita e das orientações de alta – consultas agendadas ou com a explicação de como agendá-las para poder ter o acompanhamento dos especialistas que darão seguimento ao tratamento.

Benefícios

1 – Convívio social
Nos hospitais, as visitas são restritas a curtos períodos e o paciente acaba ficando longas horas sem contato com pessoas conhecidas. Em casa, ele tem a presença frequente dos familiares, o que é comprovadamente benéfico para a recuperação.

2 – Conforto
Por se sentirem mais aconchegados em um ambiente com o qual já estão familiarizados, os pacientes se recuperam mais rápido em casa.

3 – Alimentação
Muitos pacientes não conseguem se adaptar às refeições do hospital e prejudicam a própria recuperação por se alimentarem pouco. Em casa, podem preparar a comida da maneira com que estão acostumados, mesmo que com algumas restrições orientadas pelo médico.

4 – Menos riscos
No hospital, o paciente tem contato com outros enfermos, então pode contrair doenças que não tinha anteriormente e agravar seu quadro clínico, aumentando o tempo de recuperação. Além disso, a falta de mobilidade por estar no leito hospitalar aumenta o risco de problemas circulatórios, como trombose, ou dermatológicos, como escaras.

5 – Mais leitos disponíveis
Aumentando a rotatividade de leitos, um hospital menor pode atender um número maior de pacientes com a mesma eficiência.

5 – Menos contaminações
Com menos pacientes permanecendo por longos períodos nos leitos, é diminuída significativamente a quantidade de bactérias circulantes no hospital, o que minimiza os casos de infecção hospitalar. Isso contribui com o bem-estar de quem precisa ficar internado e dos colaboradores da instituição.