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Conheça os personagens das Histórias de Transplante do Hospital Angelina Caron

De 22 de setembro a 01 de outubro, o Hospital Angelina Caron apresenta a exposição Histórias de Transplante: cada peça é fundamental para salvar vidas. A ação acontece no Shopping Mueller e faz parte da celebração dos 40 anos das duas marcas paranaenses, ao compartilhar histórias de esperança em uma mostra multimídia no próprio shopping. 

 

O transplante é um procedimento complexo, que envolve muitos fatores, do delicado momento de consentimento familiar à logística de captação do órgão, sem esquecer de todos os componentes médicos que possibilitam que a cirurgia seja um sucesso. Ou seja, muitas peças precisam estar em sintonia, encaixadas, para que mais vidas sejam salvas.

 

Nessa exposição, o Hospital Angelina Caron buscou mostrar algumas faces do transplante, como médicos, enfermeiros, familiares e pacientes transplantados que vivem essa realidade e possuem histórias de superação, força e exemplo.

 

Conheça algumas Histórias de Transplante da exposição:

 

Carla Cristina – Transplantada Renal

Carla e sua filha Antonella Vitória

O início de duas novas vidas

 

Em 2017, Carla Cristina Martins dos Santos começou a notar uma forte retenção de líquidos que ocasionou inchaço em várias partes do corpo. Após uma bateria de exames, veio o diagnóstico: uma lesão renal severa. Seus rins perderam praticamente toda a capacidade de funcionamento, ocasionando um infarto, uma longa passagem pela UTI e 5 anos de hemodiálise. Tudo isso, antes de completar 30 anos. Nesse período, ela foi orientada e atendida de perto pela equipe de Nefrologia do Hospital Angelina Caron. E seu médico, Dr. Rodrigo Theodoro Belila, foi taxativo: sua única esperança residia no transplante renal. Finalmente, em 2020, esse momento chegou. Mesmo com muita apreensão e, até mesmo um pouco de incredulidade, Carla se submeteu ao transplante e viu sua vida mudar.

 

Mas, ao realizar um sonho, novos desejos vão sendo planejados. Mãe de um menino, ela ainda cultivava o sonho de ter uma filha. E, ao receber o novo rim, também recebeu a oportunidade de realizar esse sonho. “Procurei o Dr. Rodrigo Belila para adaptar meu acompanhamento médico e me ajudar a ter uma gravidez segura. Mas, o destino é surpreendente. Eu não sabia, mas já estava grávida. Com o apoio da equipe do HAC, tive uma gestação saudável, que levei até às 35 semanas. Em julho de 2023, recebi meu segundo presente no hospital, minha filha Antonella Vitória. O transplante me deu duas novas vidas”.

Michele Vieira de Deus – Irmã de Aloisio Junior, doador

Michele Vieira

 

Quando Michele Vieira de Deus perdeu seu irmão Aloísio, um jovem alegre e cheio de energia, já sabia que era seu desejo ser doador de órgãos. Ele dizia “o que puder doar, doe”. Mas, ela também sabia que essa decisão deveria ser tomada em família e deixou a palavra final nas mãos da mãe, que, mesmo em meio à dor e indecisão, consultou os mais de 40 amigos e familiares em vigília na porta do hospital: todos foram a favor da doação. E, assim, Juninho – como era conhecido – teve seu desejo atendido e, através da doação, conseguiu salvar a vida de várias pessoas.

“É gratificante pensar que de certa forma ele está vivo. O coração dele foi para um menino bem jovem e está lá, batendo, dando vida. Eu tenho meu filho e penso no desespero daquela mãe, ansiando por receber esse coração. No dia da doação, a Jaciara, da equipe do Cihdott, me disse que tudo tem um propósito. E depois ficamos sabendo que o menino que recebeu o coração do meu irmão tem o mesmo nome do meu irmão mais novo. E foi o Juninho que escolheu o nome dele. Para nós é muito simbólico, sabe? De alguma forma, deixa mais leve”. 

Selma Farias Paixão – Transplantada Cardíaca

Paciente Selma Farias

Selma Farias Paixão é uma paciente antiga do HAC. Há quase 20 anos, faz acompanhamento cardiológico no HAC e, quando percebeu alguns sintomas de enfraquecimento, não hesitou em procurar a equipe médica. Desde então, acompanhada pelo médico cardiologista Eduardo Adam, ela tratou sua insuficiência cardíaca com medicamentos e intervenções cirúrgicas de média complexidade. Infelizmente, não foi o suficiente. Seu coração estava cansado e Selma entrou na lista de espera por um novo órgão. 

 

Mas, em dezembro de 2022, a espera de Selma Farias Paixão chegou ao fim. Após a longa batalha, quando menos esperava, o seu telefone tocou e ela recebeu a mensagem que mudaria sua vida: o seu novo coração a estava aguardando no Hospital Angelina Caron. Como muitas pessoas na lista de transplante, Selma ficou receosa, teve medo da cirurgia, até mesmo cogitou não ir ao hospital. Mas com a orientação da equipe HAC e da família, ela reuniu forças e deu esse grande passo. A cirurgia aconteceu poucos dias antes do Natal e foi um sucesso. Quase um ano depois, Selma comemora a nova vida.

 

“Aconteceu tudo no momento certo. Foi uma nova chance de viver e eu a aceitei com força e garra. Antes do transplante eu não tinha qualidade de vida, não ia resistir por muito tempo. Mas, graças a essa doação, a esse presente que ganhei no Natal de 2022, eu tenho um futuro pela frente”. 

 

Eduardo Adam – Médico Cardiologista

 

Dr. Eduardo Adam atua no Hospital Angelina Caron há muitos anos e é avesso ao distanciamento emocional. Acompanha seus pacientes de perto, sofre e comemora com cada um, fazendo o melhor para levá-los à alta médica. Ele é o profissional que cuidou de Selma, paciente transplantada cardíaca, e viu – aos poucos – suas opções diminuírem. Por isso, quando recebeu a notícia do órgão disponível, não hesitou: enfrentou muitas adversidades logísticas, mas chegou ao destino e retornou com o novo coração de Selma. Uma corrida contra o tempo que salvou a vida da paciente e o tocou profundamente.

 

“Dar a alguém uma nova oportunidade de viver com mais qualidade é extremamente especial. É claro que é uma nova vida com acompanhamento médico constante, medicação e restrições. Mas é uma fonte de esperança. E ver alguém aproveitando essa oportunidade, como a Selma está fazendo, com cuidado e respeito às nossas orientações é especial demais”.

 

Jaciara Ribeiro – Enfermeira da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott)

 

O trabalho de Jaciara é um dos mais complexos de toda a engrenagem do transplante, porque age diretamente no fator humano. Ela é uma das enfermeiras que atuam na importante tarefa de acolher e orientar o familiar de um possível candidato à doação de órgãos, oferecendo todo o respaldo legal e informações necessárias para a tomada de decisão. Para isso, é necessária muita dedicação e serenidade, afinal, se tratam de familiares em início de processo de luto, Às vezes em negação, que precisam de muito acolhimento em um momento de dor. E, mesmo em meio ao sofrimento, é seu papel levar a opção da doação como um fator positivo, de continuidade da vida.

“Nós sabemos que não é fácil, por isso é tão importante orientar e respeitar a decisão. Sim, é um momento triste, mas quando optam pela doação, os familiares fazem uma reflexão pela continuidade da vida. Afinal, a memória de seu ente querido não vai morrer, ainda tem um pedacinho dele vivo, dando vida à outra pessoa. Isso é muito especial”.

 

Juvenal Rodrigues dos Santos – Enfermeiro da Captação de Órgãos

 

Poucas pessoas conhecem a fundo a logística da captação de um órgão. Juvenal a conhece muito bem. Como enfermeiro da Captação de Órgãos, ele acompanha toda a jornada, passando pela chegada da oferta via Central de Transplantes do Estado, ao aceite da equipe médica, o deslocamento para a origem do órgão, conferência de documentação, coleta, retorno para o Hospital Angelina Caron e o preparo do paciente receptor. Tudo isso no curtíssimo período disponível para que o transplante seja bem sucedido. É comum vê-lo com pressa nos corredores do hospital, afinal seu trabalho é fazer o delicado encaixe de muitas engrenagens funcionar. 

 

“Dá tempo? Dá. É corrido? Muito. É literalmente uma corrida contra o tempo. Mas, você precisa lembrar que alguém está precisando do órgão e focar em chegar para captar. Esse é meu trabalho. Não é como nos filmes, mas é emocionante. Meu telefone pode tocar a qualquer momento. Não tem hora de comer, não tem hora de voltar, mas tem uma família feliz, alguém sorrindo pela vida de um familiar. É gratificante demais”.

 

Marinelsa Ribeiro de Paula Speranceta – Enfermeira da Ala de Transplantes

 

Marinelsa é enfermeira do Hospital Angelina Caron e trabalha exclusivamente na ala de transplantes há 8 anos. Nesse período, viveu intensamente muitas histórias, ficando ao lado dos pacientes dos exames pré-cirúrgicos ao cuidado pós-operatório. Na Ala Diva, área que recebe esses pacientes, Marinelsa e sua equipe atuam fortemente na orientação, para que cada um volte para casa com seu novo órgão e todas as informações necessárias para que não aconteça nenhuma complicação. É um trabalho didático, realizado com muito afeto e adaptado para o perfil de cada indivíduo.

 

“Os pacientes retornam ao hospital para fazer o acompanhamento médico pós-transplante e, quando nos encontramos, é muito emocionante. Eles lembram do que fizemos por eles, das nossas palavras, de cada gesto, e agradecem pelo cuidado. Essa é minha maior recompensa e a razão do meu amor por esse trabalho. É tudo por eles e para eles. Não consigo me imaginar atuando em outra área hospitalar, o transplante se tornou minha paixão”.

 

Dr. Rodrigo Theodoro Belila – Médico Nefrologista e Superintendente Assistencial do Hospital Angelina Caron

 

Dr. Rodrigo Belila é médico nefrologista e cirurgião transplantador no Hospital Angelina Caron. Ele vive a rotina de atendimento de pacientes com insuficiência renal, que realizam a terapia medicamentosa, muitos já na lista de espera por um transplante, aguardando a sensibilização e decisão das famílias que perderam um ente para sobreviver. Uma dura realidade que ele busca amenizar, com orientações constantes para o prolongamento da vida. O rim é o órgão com maior lista de espera em todo o Brasil, fator que pode ser explicado, entre outros fatores, pelo aumento do sedentarismo e consumo de alimentos ultraprocessados, com excesso de sódio e conservantes químicos, por exemplo.

 

“A realidade é que precisamos falar sobre doação, porque essa decisão cabe ao familiar. Claro que a doação de órgãos é naturalmente um momento muito difícil para a família, que precisa tomar a decisão de forma rápida, mesmo frente à dor da perda. Mas, um trabalho de conscientização bem estruturado pode incentivar a tomada de decisão prévia.  Quem atua na área sabe que o transplante possibilita algo surpreendente na vida do paciente que o recebe. Ele sai de um período de luta para sobreviver, e entra em um período de realmente viver. E fica claro o quanto eles passam a valorizar a vida, após todo o sofrimento da espera”. 

 

Exposição Histórias de transplantes: cada peça é fundamental para salvar vidas.

Quando: 22  de setembro a 01 de outubro

Onde: Shopping Mueller – piso L1 (Av. Cândido de Abreu, 127, Centro Cívico, Curitiba).

Entrada gratuita

Realização: Hospital Angelina Caron e Shopping Mueller