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Suor excessivo e simpatectomia: quando a cirurgia é indicada e como funciona?

Quem sofre com o suor excessivo sabe como algumas situações cotidianas podem ser constrangedoras. Apertar a mão de alguém ou usar roupas com marcas evidentes de suor na região da axila são apenas alguns dos contratempos enfrentados.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a condição chamada de hiperidrose acomete aproximadamente 15 milhões de pessoas. Para resolver o problema, há indicação médica de alguns tratamentos, incluindo a simpatectomia, cirurgia realizada aqui, no Hospital Angelina Caron. 

A seguir, a cirurgiã torácica Sheila Rampazzo Luz (CRM-PR 26979 | RQE 27578) fala sobre a hiperidrose, suas características e as melhores soluções para a condição. 

O que caracteriza a hiperidrose (suor excessivo)? 

O suor é um mecanismo de regulação térmica do organismo. Porém, quando produzido em excesso, ultrapassando o limite necessário para o desempenho da sua função, passa a ser caracterizado como um caso de hiperidrose. 

Essa produção de suor excessivo é desencadeada por um estímulo intenso do sistema nervoso simpático, seja por razões térmicas (o próprio calor), emocionais (ansiedade ou nervosismo) ou gustatórias (ingestão de alimentos). As áreas mais afetadas são as palmas das mãos, plantas dos pés e axilas.

A Dra. Sheila explica, no entanto, que nem sempre é necessário haver estímulos para a hiperidrose se manifestar. “Essa sudorese excessiva pode ocorrer mesmo em situações em que organismo não está exposto a calor, exercício ou estresse emocional, o que a diferencia do suor normal”, explica a médica. 

Homem com suor excessivo na axila
A simpatectomia é uma das principais indicações para combater o suor excessivo (hiperidrose)

Quais os tratamentos disponíveis? 

Entre as opções existentes para o tratamento da hiperidrose, a cirurgiã torácica cita os tratamentos tópicos, que atuam de forma localizada, mas com potencial para irritação da pele, e a medicação via oral, com resultados variáveis entre os pacientes.

Além disso, a aplicação de toxina botulínica também é uma alternativa viável de tratamento, porém não é definitiva. “Embora seja eficaz, a aplicação requer múltiplas injeções e reaplicações periódicas”, explica. 

Por fim, existe ainda a opção da simpatectomia torácica bilateral, que consiste em interromper as fibras nervosas simpáticas, responsáveis pela produção de suor. Considerado o tratamento mais eficaz para hiperidrose primária, com taxas de sucesso de 95%, o procedimento é realizado por vídeo, por meio de quatro incisões: uma em cada lado do tórax, uma axilar e outra inframamária.

Quando considerar a simpatectomia?

Pacientes com hiperidrose nas regiões palmar (mãos) e axilar (axilas) são os que mais se beneficiam com a simpatectomia, reforça a Dra. Sheila. No entanto, há algumas contraindicações para o procedimento, como infecções pulmonares ativas e histórico de doenças nos pulmões (como tuberculose), cirurgias torácicas prévias, radioterapia na região do tórax, distúrbios de coagulação sanguínea e obesidade — fatores que podem dificultar ou impedir a realização da cirurgia.

A simpatectomia é uma cirurgia minimamente invasiva, feita com anestesia geral. Na maioria dos casos, o paciente recebe alta no dia seguinte à operação. O principal efeito colateral, contudo, é a chamada hiperidrose compensatória — quando outras partes do corpo passam a suar em excesso, como forma de compensar as áreas que deixaram de suar após a cirurgia. As regiões mais frequentemente afetadas são o abdômen, o tórax, as costas e as coxas.

O suor excessivo é um incômodo para você?
O Hospital Angelina Caron está pronto para atendê-lo! Se você é paciente particular ou possui convênio, agende uma consulta com um de nossos especialistas para conhecer todos os benefícios da simpatectomia e descobrir se esse procedimento é o mais indicado para o seu caso.