Cirurgia robótica é o futuro da medicina no HAC
Em um hospital que preza por um atendimento de alto nível, a inovação deve ser um guia. Por isso, para continuar oferecendo o melhor cuidado, com tecnologia de ponta e profissionais altamente qualificados, no Hospital Angelina Caron (HAC), demos um passo significativo rumo ao futuro da medicina. Um investimento de R$ 14 milhões para a aquisição do robô Da Vinci, sistema avançado de cirurgia robótica, transformou a maneira como realizamos diversos procedimentos. Mas o que isso significa para o paciente?
Leia também:
– Com 3 mil transplantes realizados, HAC é o maior transplantador de órgãos sólidos do Paraná
– Estudo genético da doença de Parkinson pode mudar o futuro do tratamento dessa condição
Primeiro, é preciso entender do que se trata essa tecnologia. Você já deve ter ouvido falar da cirurgia minimamente invasiva, certo? A chamada videolaparoscopia permite a realização de procedimentos com cortes menores e recuperação mais rápida. Agora, imagine levar essa técnica a outro nível, com ainda mais precisão, flexibilidade e agilidade. Isso é o que a cirurgia robótica proporciona.
Um equipamento de última geração, o robô conta com quatro braços robóticos articulados, controlados diretamente pelo cirurgião, que fica à frente de um console com uma visão em 3D e zoom de até 15 vezes em relação às imagens das cirurgias por vídeo. Assim, o médico tem um controle ainda maior sobre o procedimento, com o apoio de uma tecnologia que possibilita movimentos mais amplos e mais precisos do que as mãos humanas.
Como funciona a cirurgia robótica na prática?

A cirurgia robótica não substitui o cirurgião, mas potencializa sua capacidade. Pedro Henrique Caron, nosso cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo, explica: “o robô não realiza nenhum movimento por conta própria na cirurgia. Todos os movimentos são realizados exclusivamente pelo cirurgião principal. Os braços robóticos são articulados, isso dá uma amplitude maior e garante movimentos mais precisos, já que o robô tem um filtro de tremor”.
Além disso, o equipamento oferece mais autonomia ao cirurgião. Em uma cirurgia tradicional por vídeo, seriam necessários três médicos para realizar o procedimento. Com o robô, o cirurgião principal pode fazer o procedimento sozinho, sem a necessidade de uma equipe grande, característica que aumenta a eficiência e ainda otimiza o tempo de internamento e a capacidade de atendimento do hospital.
Quais os benefícios para o paciente?
Entre muitas outras vantagens, o tamanho dos cortes é um dos grandes diferenciais: na cirurgia robótica, eles são menores, chegando a até 8 milímetros, enquanto a videolaparoscopia gera cortes de até 12 milímetros. Consequentemente, os procedimentos causam menos dor, menor risco de infecção e uma recuperação mais rápida.
Além disso, o tempo de internação também é reduzido significativamente. Em procedimentos de oncologia, por exemplo, um paciente que precisaria de três a quatro dias para ter alta pode voltar para casa em até 48 horas. Em cirurgias bariátricas, dependendo do caso, a alta pode ocorrer em menos de 24 horas. Fora do hospital, a recuperação também é mais rápida, permitindo que o paciente volte às atividades diárias em um prazo curto.
Por essas razões, para Caron, a cirurgia robótica representa uma verdadeira revolução na medicina, assim como a videolaparoscopia foi no passado. “É natural que esse investimento ocorra em hospitais que querem se modernizar e estar à frente de uma medicina de ponta no Brasil”, afirma. No HAC, o método entrou em operação em janeiro de 2025, desde então, realizamos mais de 44 cirurgias com a tecnologia em diversas áreas, como cirurgia bariátrica, urologia, ginecologia e oncologia.
Um futuro com mais cirurgiões habilitados
Para levar a inovação a cada vez mais pessoas, também precisamos garantir que mais profissionais saibam operar a tecnologia. Por isso, além de trazer o robô para a nossa estrutura, adquirimos um simulador de cirurgia robótica. Dessa forma, mais cirurgiões poderão treinar e se especializar, garantindo que todos os procedimentos sejam realizados com a máxima precisão.
Pensando em expandir o alcance, um curso de certificação em cirurgia robótica está em desenvolvimento e será oferecido pela UniCaron, nossa Escola de Prática e Simulação Clínica e Cirúrgica. “O robô veio para ficar, está se difundindo cada vez mais em todo o Brasil, e nós vamos precisar de cada vez mais cirurgiões habilitados para fazer cirurgias robóticas”, finaliza Pedro Henrique Caron.