Disfagia: o que é e por que a dificuldade para engolir merece atenção?
Você já sentiu dificuldade para engolir alimentos, líquidos ou até mesmo a saliva? Em um primeiro momento, essa condição parece inofensiva, mas quando se torna persistente, ela pode indicar um problema mais sério, chamado “disfagia”.
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Para que possamos combater esse distúrbio, queremos conscientizar a população sobre os seus sintomas, riscos à saúde e também sobre a importância de um diagnóstico e tratamento adequados.
Afinal, o que é disfagia?
O termo “disfagia” deriva do grego, em que “dys” significa dificuldade ou alteração e “phagein” quer dizer comer ou engolir.
Resumindo, disfagia nada mais é do que a dificuldade para engolir e pode afetar qualquer etapa do transporte de alimentos e líquidos da boca até o estômago. Esse problema ocorre em pessoas de qualquer idade, de recém-nascidos a idosos, e pode ser temporário ou persistente.
Sinais de alerta e consequências da disfagia

Engasgar-se de vez em quando é algo considerado normal, especialmente ao comer rápido ou ao falar enquanto mastiga. Porém, no caso da disfagia, o problema costuma ser mais sério. Os principais sinais de alerta incluem:
– Tosse ou engasgos frequentes durante ou após a alimentação
– Sensação de que o alimento ficou preso na garganta
– Rouquidão ou voz molhada após engolir
– Refluxo ácido e sensação de comida voltando para a boca
– Perda de peso sem explicação aparente
– Pneumonias recorrentes (causadas por aspiração de alimentos para os pulmões).
Embora possa acontecer em qualquer idade, o processo de envelhecimento pode ser uma das causas da disfagia já que, com o passar dos anos, as estruturas responsáveis pela deglutição, como a língua e as bochechas, começam a enfraquecer. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, aproximadamente 25% dos idosos saudáveis apresentam alguma dificuldade de deglutição. Já quando consideramos pessoas com mais de 60 anos debilitadas, esse número pode subir para 70%.
Além disso, a disfagia pode estar associada, também, a outros fatores, como tumores de cabeça e pescoço, distrofias musculares, doenças neurológicas (como Parkinson e AVC), longos períodos de intubação e traqueostomias, entre outros.
Ficar atento aos sinais dessa condição e, se necessário, buscar ajuda médica é muito importante, uma vez que a disfagia pode causar desnutrição, desidratação, infecções respiratórias graves e, em casos extremos, levar à morte.
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
O fonoaudiólogo é o profissional responsável por diagnosticar a disfagia. O tratamento, por sua vez, exige um acompanhamento multidisciplinar, que pode incluir médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e também assistentes sociais.
Adaptar a alimentação e adotar técnicas específicas de deglutição são algumas formas de tratar a disfagia. Quando a condição atinge um estágio mais avançado, no entanto, pode ser necessário passar por intervenções médicas.
Quando é hora de procurar ajuda?
Se você ou alguém próximo apresentar sintomas de disfagia, o indicado é não postergar a consulta junto a um fonoaudiólogo. O diagnóstico precoce é essencial para garantir que a alimentação seja feita de forma segura e saudável. Além disso, quanto mais cedo a condição for descoberta, maiores são as chances de uma recuperação tranquila.
No Hospital Angelina Caron, contamos com uma equipe altamente especializada para oferecer o melhor atendimento e acompanhamento para pacientes com disfagia. Se você tem dúvidas ou precisa de ajuda para tratar essa condição, agende um horário com nossos especialistas!