Dezembro também é laranja pela prevenção do câncer de pele
Com a pele mais exposta e mais horas para aproveitar os benefícios da luz solar, o mês de dezembro, que marca o início do verão, é também o momento certo para alertar a população sobre os perigos do câncer de pele.
Sem o cuidado devido, o sol pode se tornar um verdadeiro inimigo, alerta a cirurgiã oncológica do Hospital Angelina Caron, dra. Rachel Biondo Simões. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) instituiu, em 2014, a campanha Dezembro Laranja, para alertar sobre a exposição excessiva ao sol.
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“De fato, a melhor forma de prevenir o câncer de pele é protegendo-a dos danos causados pelos raios solares”, diz a médica. “A campanha vem para relembrar e reforçar estes hábitos, que devem estar presentes no cuidado diário, durante todo o ano – uma vez que o dano à pele vem da exposição contínua ao sol”, completa.
Câncer de pele no Brasil: números e tipos
O câncer de pele é o tipo mais frequente dessa doença no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), sua incidência corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Ainda segundo o Instituto, a estimativa para cada ano do triênio de 2023 a 2025 é que ocorram 220 mil casos de câncer de pele não melanoma. Para casos de melanoma, o número gira em torno de 9 mil casos.
O câncer de pele não melanoma é o mais comum e, embora tenha baixa mortalidade, pode causar mutilações significativas, reforçando a importância da detecção precoce. O melanoma é mais raro, mas também mais agressivo, com maior potencial de causar metástases – quando a doença migra para outras partes do corpo.
Fatores de risco e cuidados
Conforme já destacou a cirurgiã oncológica do Hospital Angelina Caron, a radiação solar é o principal fator de risco para o câncer de pele. A prevenção, portanto, passa pela redução da exposição ao sol. “É importante que as pessoas evitem a exposição ao sol nos horários de maior risco, entre as 10h e 16h”, avisa.
Ao caminhar pelas ruas ou praticar atividades ao ar livre é fundamental usar protetor solar com fator de proteção UVA/UVB acima de 30. A reposição do produto deve acontecer ao longo do dia em função do suor ou da água do mar ou da piscina, por exemplo. Chapéus e sombrinhas que protegem bem a cabeça e o rosto são outros itens indispensáveis, sugere a dra. Rachel Simões.
Pessoas com olhos e peles mais claras, cabelos loiros ou ruivos são mais suscetíveis à doença, assim como quem trabalha por longas horas ao ar livre. Cada indivíduo deve ter atenção à tolerância da sua própria pele em relação à exposição solar.
Detecção precoce aumenta chances de cura
A cirurgiã oncológica do Hospital Angelina Caron reforça, ainda, a importância de cada pessoa monitorar suas pintas e lesões já presentes no corpo para identificar mudanças que possam indicar a presença de um câncer de pele, como alterações na cor, no formato e no tamanho das lesões.
Quanto mais cedo for detectado um problema, maiores são as chances de um tratamento eficaz e da cura.
Quer saber mais sobre o câncer de pele? Assista ao vídeo da dra. Rachel Simões sobre o assunto e aproveite a campanha do Dezembro Laranja para reforçar os cuidados com a sua saúde!